A podridão-branca-das-espigas é uma das doenças mais impactantes na cultura do milho. Com maior incidência em regiões de alta umidade e temperaturas moderadas – como Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil –, a doença pode reduzir o peso das espigas em até 70%, além de comprometer a qualidade dos grãos com micotoxinas tóxicas.
Devido ao seu grande potencial de danos na produtividade e na rentabilidade da lavoura de milho, torna-se imprescindível adotar medidas de controle preventivas, que se integrem ao manejo do produtor.
Neste conteúdo, conheça mais sobre a podridão-branca-das-espigas e as principais estratégias para a prevenção e o controle dessa doença, que vão desde a seleção de híbridos resistentes ao uso de soluções biológicas para o controle da doença. Leia mais a seguir!
Leia mais:
Doenças na safrinha? Manejo eficiente para a sanidade do milho
Mitos e verdades sobre os produtos biológicos na agricultura
Milho: como manejar grãos ardidos e outras doenças
O que é a podridão-branca-das-espigas no milho?
A podridão-branca-das-espigas é uma doença fúngica causada pelos patógenos Stenocarpella maydis e Stenocarpella macrospora, conhecidos popularmente como Diplodia. Esses fungos necrotróficos infectam grãos, espigas e restos culturais, sobrevivendo em sementes contaminadas e na palhada do milho por até dois anos.
A doença é favorecida por condições de alta umidade e temperaturas moderadas, sendo mais severa em regiões de altitude acima de 700 metros (para S. maydis) ou abaixo de 500 metros (para S. macrospora). A doença é endêmica nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil e pode ocasionar perdas de até 70% do peso das espigas em condições favoráveis.
Os fungos colonizam inicialmente a base ou a ponta da espiga, progredindo para os grãos, que perdem peso e valor nutricional. O patógeno pode ser transmitido por conídios dispersos por vento, chuva e insetos, além de sementes contaminadas, reforçando a necessidade de monitoramento e manejo da podridão-branca-das-espigas no milho.
Principais sintomas da podridão-branca-das-espigas no milho
Os primeiros sinais da podridão-branca-das-espigas no milho incluem grãos marrons, enrugados e leves, com micélio branco visível entre as fileiras da espiga. Conforme a infecção avança, pequenas estruturas negras (picnídios) aparecem nos grãos e nas palhas, indicando a frutificação dos fungos. Em casos graves, toda a espiga é colonizada, tornando-se leve e com palhas aderidas ao sabugo.
Em infecções tardias, os sintomas externos podem ser sutis, mas a quebra da espiga revela grãos deteriorados e micélio interno. A diferenciação entre S. maydis e S. macrospora exige análise microscópica: os conídios de S. macrospora são alongados (44-82 µm), enquanto os de S. maydis são menores (15-34 µm).
A confusão com outras podridões, como as causadas por Fusarium spp., é comum, mas a presença de picnídios nos tecidos infectados é um marcador exclusivo da diplodia-das-espigas.

A presença de picnídios nos grãos e nas palhas do milho é uma característica marcante da podridão-branca-das-espigas no milho. Fonte: Embrapa
A identificação precisa é essencial para evitar prejuízos econômicos, principalmente porque a podridão-branca-das-espigas no milho provoca grãos ardidos. Esse problema contamina lotes com micotoxinas, como a diplodiatoxina (S. maydis) e diplodiol (S. macrospora), substâncias tóxicas que comprometem a segurança de rações animais e levam à rejeição de lotes, inviabilizando seu uso na alimentação animal.
Como controlar a podridão-branca-das-espigas no milho?
O controle eficaz da podridão-branca-das-espigas exige uma abordagem integrada, combinando práticas preventivas e outras estratégias do Manejo Integrado de Doenças (MID). Dados da Embrapa Milho e Sorgo recomendam algumas práticas para o controle dessa doença, incluindo:
- rotação de culturas: interrompe o ciclo dos fungos, reduzindo o inóculo no ambiente;
- uso de sementes certificadas e tratadas: minimiza a transmissão e a disseminação do fungo via sementes, a principal fonte de inóculo do fungo;
- seleção de híbridos resistentes, especialmente de cultivares com bom empalhamento e grãos duros, que são menos suscetíveis.
A adoção do controle biológico com o uso de biofungicidas para milho complementa essas ações, atuando na proteção das plantas no curto e longo prazo.
Por que adotar biofungicidas para o controle da podridão-branca-das-espigas?
A integração de biofungicidas ao manejo da podridão-branca-das-espigas no milho surge como uma estratégia técnica e sustentável para vencer os desafios impostos pela diplodia-da-espiga.

O uso de biofungicidas no milho para o manejo preventivo da podridão-branca-das-espigas é uma estratégia indispensável.
Dentre as vantagens que a adoção do uso de biofungicidas no milho pode oferecer, pode-se destacar:
-
Redução da resistência da pressão seletiva dos patógenos
Os biofungicidas atuam por múltiplos mecanismos (competição, produção de metabólitos antifúngicos e indução de resistência sistêmica), reduzindo a pressão seletiva sobre os fungos causadores da podridão-branca-das-espigas. Ao diversificar os modos de ação, prolonga-se a eficácia de outros métodos de controle, como o uso de fungicidas químicos.
-
Preservação da microbiota do solo
Biofungicidas formulados com microrganismos benéficos, como Bacillus spp., promovem um ambiente microbiológico equilibrado, antagonizando patógenos e melhorando a saúde do solo. Essa ação é vital em sistemas de plantio direto, em que a palhada mantém umidade favorável a doenças. Além disso, solos ricos em microbiota benéfica favorecem a decomposição de resíduos infectados, reduzindo o inóculo residual.
-
Compatibilidade com o Manejo Integrado de Doenças (MID)
Alguns biofungicidas podem ser aplicados em conjunto com fungicidas químicos e outras práticas do MID, uma sinergia que potencializa os resultados e oferece proteção prolongada para a lavoura, especialmente em fases críticas, quando a espiga é mais vulnerável.
Diante desses benefícios, a Syngenta oferece biofungicidas como REVERB®, o parceiro biológico que se destaca no controle da podridão-branca-das-espigas no milho e de outras doenças.
Controle eficiente da podridão-branca-das-espigas com REVERB®
REVERB® é o biofungicida da Syngenta desenvolvido com uma formulação exclusiva 100% de endósporos viáveis de Bacillus subtilis, Bacillus pumilus e Bacillus velezensis. Ele combina alta eficiência e múltiplos modos de ação, atuando desde a aplicação, com liberação imediata de metabólitos antifúngicos que neutralizam o patógeno. Essa resposta rápida é essencial em fases críticas da doença, quando a umidade e a temperatura elevadas favorecem a infecção.
Além da ação rápida, REVERB® também oferece uma proteção prolongada das plantas. Os agentes biológicos presentes em sua formulação fazem a colonização da planta e formam um biofilme protetor que bloqueia a chegada de novos esporos, além de competirem diretamente por recursos com S. maydis.
Paralelamente, REVERB® induz a resistência sistêmica das plantas, elevando sua capacidade natural de defesa contra as reinfecções e fortalecendo a proteção da lavoura contra outras doenças, como a cercosporiose e a mancha-de-phaeosphaeria.
Do ponto de vista do manejo, REVERB® apresenta um diferencial estratégico: o seu maior tempo de prateleira, com até 2 anos sem refrigeração. Essa característica simplifica o armazenamento e a logística, especialmente em regiões com infraestrutura limitada, permitindo que produtores planejem suas aplicações dentro das janelas mais adequadas. Para controle do S. maydis com REVERB®, a Syngenta recomenda que sejam feitas 4 aplicações preventivas com intervalos de 07 dias.
Outro diferencial de REVERB®, ligado ao manejo, está em sua compatibilidade com os principais defensivos do mercado, sendo possível integrá-lo a programas de manejo existentes.
Com REVERB®, o produtor une eficiência e praticidade para proteção máxima contra as doenças!
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.
Confira a central de conteúdos Mais Agro para ficar por dentro de tudo o que está acontecendo no campo.
Deixe um comentário